Opinando, o que mata é a vida mais ou menos.
Gosta de morango? “Ah, sabe como é, mais ou menos”.
Gosta de sair? “Ah, sei lá, mais ou menos”. (Como assim?).
Gosta de paquerar? “Ah, depende...” (Hein?)
Gosta de estudar? “Ai, às vezes eu estou inspirada”.
Gosta de ir à praia? “Mas tá muito sol?” (Por favor, São Pedro ferva a meus miólos!!!).
Gosta de trabalhar? “Pode ser de vez em quando?”
Você faria uma super viagem? “Pra onde?” (qualquer lugar!! É uma super viagem! Não irá comigo certamente).
Enfim, o famoso em cima do muro é cansativo para quem tem opinião, para quem tem raciocínio.
A pessoa gosta ou não gosta. Simples, ama ou odeia. O mais ou menos é o típico ‘não quero aqui neste momento me comprometer’ (imagine uma voz boba dizendo isso).
Odeio quem não tem opinião (repare no ‘odeio’). Tem gente que não consegue decidir se vai ou se fica; se casa ou compra uma bicicleta. Que horror. Percebam que são essas pessoas que estão na constante mesmice e não em constante evolução.
‘Estar em busca de’ é um estado emocional impulsionado pelas escolhas firmes. Insatisfeitos, movimentamo-nos para o novo, mas para que isso ocorra, antes de tudo é necessário se perguntar sobre as escolhas.
“Prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela opinião formada sobre tudo” é uma ótima frase. Primeiro porque para modificar uma opinião, significa que antes da mudança já existia outra em origem, e segundo, porque uma opinião absoluta é sinônimo de burrice e estagnação.
Sinto muito em dizer que se você achava que isso podia ser o seu Hino do Mais ou Menos, cantando-o alto sem nem mesmo avaliar as palavras, você é alguém sem opinião. Desculpa-me, essa é a minha opinião.
Veja. Para que se mude algo é necessário que antes da mudança exista o algo, entendem?
Não se muda o que não existe! É bem simples.
Se em rodas de amigos sua opinião está sempre de mãos dadas a outras duas ou mais que se divergem, desculpa-me novamente, você é em cima do muro.
O mais ou menos é brochante!