elogios de despedida

Vamos falar a verdade mulherada, qual garota, mocinha ou mulher, arrisco até em avózinhas, já não escutaram uma balela masculina? Todas nós!

Sejamos francas, é I-R-R-I-T-A-N-T-E!

Mas a pior de todas elas é aquela velha “oração” onde eles nos dizem como somos maravilhosas, que qualquer homem seria feliz ao nosso lado, que nunca mais vão encontrar ninguém como a gente, que nunca foram tão felizes e assim por diante só trocando a ordem dos elogios de despedida.

Ah! Fala sério. Que papo de aranha. Ficam aí tecendo elogios para matar a gente com a paulada do tchau no coração.

Oi? Tem alguma idiota aqui? Deve ter. Aliás, tem. Eles, claro! Afinal, se somos tudo isso, o tchau não tem nexo com o contexto.

Ouvir tudo isso, acordar no dia seguinte sem a ligação de bom dia, e sem as mensagens do decorrer do mesmo é algo confuso. Chega a ser cruel você fazer uma mulher se sentir rejeitada por ser ótima.

Ficamos semanas tentando entender onde erramos, iremos tentar fazer tudo diferente com o próximo da fila (somos ótimas, lembra? A fila anda depressa!), vamos errar novamente, certamente só iremos identificar que não fizemos nada de errado quando percebermos que tentando fazer tudo o contrário com o próximo é que estávamos certas com o primeiro que originou essa bagunça sentimental!

Ou seja, acertamos mesmo achando que erramos, erramos efetivamente com o segundo tentando acertar fazendo o que é errado, e só vamos acertar efetivamente na terceira tentativa.

Puta sacanagem!

Sem contar que nesses ínterins conhecemos amigos, famílias, nos apegamos aos animais de estimação etc. Cansativo demais.

Por favor, sejam sinceros ao terminar conosco, precisamos de Homens (perceberam o “h” maiúsculo?) não de meninos. Sem contar que sempre depois desse discurso, vocês começam a namorar outra moça... Outra sacanagem monstruosa! Com ela principalmente! Quem vai falar para ela que você só está com ela porque éramos ótimas demais para estar com você?

Num raciocínio lógico: eu igual a ótimo / você sem mim, mas com ela / logo, ela igual a péssimo.

Vocês homens (“h” minúsculo) precisam entender que mulheres devem e merecem ser respeitadas. Temos sentimentos, mesmo quando nos mostramos fortes demais; precisamos de sinceridade que, nada mais é no final de tudo, respeito.

Sensibilizada com a falta de perspicácia de vocês meninos, vou deixar aqui um exemplo de como terminar um relacionamento com respeito: “eu decidi ficar sozinho porque não amo mais você, mas admiro você e a respeito, por isso não posso continuar empurrando com a barriga esse nosso relacionamento”.

Coragem rapazes! Prometo que nós vamos chorar, vamos pedir para que vocês tentem se segurar dentro do relacionamento falido, ficaremos com raiva no segundo seguinte que vocês virarem as costas, mas garanto, sobreviveremos e ficaremos melhor de quando nos conheceu. Boa sorte!

Ps.: Crescer é difícil, mas para alguns é quase impossível.

nada

Não é o triste pelo prazer do triste.

Não sei você, mas mais triste do que o fim de alguma coisa, do que a decepção de um rompimento é o sentimento do nada.

Olhar para pessoa e não sentir nada.

Nada. Nem aquele friozinho na barriga, nem aquela coisa de “ai que raiva!” ou “será que está mais feliz?”.

Nada, nada e mais nada. Algo como, “ei coração, você não vai pulsar mais forte?”. Isso realmente é triste. Como pode, pergunto-me? Demos risadas, planejamos, passeamos, contei segredos, quis ser melhor, me arrumei mais, me maquiei mais, meu coração pulava, e agora? Nada.

Isso é complicado.

Tchau palpitação, tchau expectativa, tchau para o será que você vai se arrepender, tchau para o será que pensa em mim.

Pior do que apagar, rasgar, doar (quem nunca se desfez de coisas que recordavam alguém com a esperança de que isso levaria embora o um sentimento qualquer dentro de si?) coisas é nem lembrar que estavam salvas, guardadas ou escondidas em algum lugar.

Aconteceu isso hoje e... Nossa!! Eu ainda tenho isso aqui? Como? Foi então que cheguei à conclusão que a tristeza por não ter mais a vontade da companhia de qualquer alguém que couber nesse texto é mais triste do que sentir até mesmo uma pitada de raiva misturada com ciúme, salpicada de invejinha da pessoa alheia que passeia agora ao seu lado.

Escutei outro dia uma música que me faria certamente lembrar você, mas só me dei conta disso depois que a música acabou, pois prestar atenção ao trânsito – eu estava dirigindo – trocar de marcha e dar a seta pra direita, foi mais importante do que me lembrar que aquela música me fazia lembrar você.

É como o “dar de ombros” ou uma sacudida de mão de “vai pra lá”, gestos de tanto faz... de tchau.

Perceber então, que nem mais o vazio que me deixava próxima de você e me fazia lembrar as suas cores e coisas, acompanhada do sentimento de saudade, é o que me entristece quando eu percebo que o que eu sinto é nada.

Isso é o que entristece e... logo passa!

Coagulando...

"Não é você quem gosta de escrever? Deveria escrever sobre o que eu lhe falei hoje cedo!”

Essas são as palavras de minha mãe ontem no carro para mim.

Quando algo me entristece, meus dedos correm pelo teclado na ânsia do desabafo certeiro. Nem sempre o desabafo é completo, muitas vezes, tal como agora, policio-me na escolha de frases e palavras preocupando-me com os pensamentos e conclusões alheias.

A verdade é que minha cabeça trabalha a sete mil giros e muitas vezes até eu me perco.

Outra verdade é que, há algo em alguns seres - que se dizem humanos, afinal humanos tem sentimentos – que muito aguça minha simples curiosidade. Nada de muito especial, mas está relacionado à existência de pessoas que coagulam rápido suas feridas sentimentais, suas decepções, suas mazelas. Isso realmente para mim é surpreendente!

Minha mãe se irrita com minha falta de rapidez em me erguer de algumas situações. Duas semanas hoje em dia, onde tudo é “pra já”, é considerado, até por ela que é dos anos 50, uma eternidade.

Não sei se isso dói mais do que exatamente deveria doer. Falo de todas as situações.

Acho que minha mãe cansou de me ver olhando pra trás sem que isso me trouxesse qualquer tipo de vantagem. Oras, olhar para trás serve somente para não repetirmos os mesmos erros que insistentemente todos nós cometemos, certo?

No meu caso, ERRADO!

Olho tanto para trás que os tropeções são freqüentes.

Olhar para frente é essencial. Viver um dia de cada vez, primordial para a saúde do futuro.

Errar é humano, mas insistir errando ao olhar para trás é assassinar o que está por vir, logo, burrice.

Não sou mutante onde minhas marcas cicatrizam imediatamente. Respeito meu tempo e não me engano, mas estava perdendo meu tempo olhando demais para o que se passou, sem guardar energia para o amanhã.

Hoje então, assimilo com muito amor o simples conselho que minha mãe me transmitiu: “Pare de olhar para o que passou, pois você corre o sério risco de perder seu futuro quando ele passar à sua frente. Por isso mude a direção!”

mundo individual

Queria organizar minhas idéias para poder falar aqui sobre individualidade.

Confesso que não consigo, porque o medo de que isso aqui venha parecer um desabafo direcionado impede completamente um andamento do texto com sucesso.

Somos, cada um dentro de sua individualidade, um mundo de sonhos, conquistas, fatos, frustrações, acontecimentos, momentos, medos, alegrias e eticeteras e tal.

Isso tudo - junto e misturado - que nos faz únicos, logo, diferente de todo o resto.

Eu sou diferente de você, você é diferente da pessoa que está ao seu lado e assim por diante.  São as nossas características que nos tornam interessantes ou desprezíveis.

O que eu não consigo entender é como algumas pessoas necessitam, por sua própria natureza, dentro de seus “sonhos, conquistas, fatos, frustrações, acontecimentos, momentos, medos, alegrias e eticeteras e tal”, invadir a individualidade de cada um.

Que tipo de proteção é essa? Qual é essa necessidade?

Estamos cada vez mais expostos, seja através da telefonia móvel, onde somos encontrados em qualquer lugar a qualquer hora, seja lá pelas redes sociais que nos viciam com seus aplicativos, possibilitando nos apresentarmos como pessoas frustradas ou felizes conforme nossos posts.

Admito, se quero desabafar, vou logo dando o login no meu facebook e disparo letrinhas, ora separadas, ora juntas com o tralha (#) na frente.

 De qualquer forma, e para não perder aqui o foco, a pergunta é: Por que afinal existem pessoas com a necessidade de invadir o espaço alheio? Não só o espaço, mas o íntimo da pessoa!!

De repente, quando nos damos conta, caímos no “verde para colher maduro”, ou ainda, num “papo cabeça” descontraído somos pegos na armadilha.

Vitoriosa a pessoa que arma essa ocasião? Claro que não!! Precisar invadir o espaço alheio é porque o seu espaço interior é muito pobre, vazio, inseguro, imaturo. Usar do grau de confiança do outro em você, para destruir exatamente isso com acusações e afins é de uma sordidez imensurável.  Quanta frustração acumulada!

Repito, não quero aqui, direcionar isso a ninguém. Mas gostaria que se a carapuça servisse para quem lê, esse alguém colocasse a mão na consciência e se perguntasse se é feliz assim!

Cada um traz consigo suas experiências, construindo as suas escolhas através delas, se erramos, se escolhemos errado no passado, teremos que ser  “julgados”  pra sempre! E pior! Por quem nem sabíamos que existia?

Olha, eu posso estar errada em confiar nas pessoas de coração aberto, acreditar que existam pessoas em que se pode acreditar, mas para mim, mais vale acreditar enquanto sou feliz do que ser infeliz desacreditando todo santo dia. É desgastante para mim e para o coitado a quem eu estivesse testando o tempo todo.

Eu já fiz coisas que não me orgulho; já fiquei com quem não tinha nenhuma característica compatível comigo; já me apaixonei por quem não devia; já dispensei empregos que me ajudariam; já falei mal de quem não merecia; já julguei quem não devia; já confiei em quem não merecia; já acreditei só por acreditar; já fingi que não vi só para não perder; já me deixei enganar; já menti...

Enfim, estou viva, estou nessa loucura de mundo cheio de gente doida para o que der e vier, até mesmo porque, eu já fiz grandes amigos; conheci muita gente bacana; já trabalhei em lugares que nunca pensei em trabalhar; já viajei para onde nunca pensei em ir; já fui a lugares que nunca ninguém foi; já senti o que talvez você que lê esse texto nunca sentiu; já ajudei só por ajudar; já amei só por gostar de amar...

É isso que me torna diferente de você! E você da outra pessoa, entende?

Por favor pessoas tristes, aprendam a admirar o seu próximo pelas atitudes dele com as pessoas ao redor. É simples: essa pessoa respeita os mais velhos? Essa pessoa tem paciência? Essa pessoa é educada? Essa pessoa demonstra caráter? Poxa... Então, vai na fé!

Tem outra coisa, não quer essa pessoa? Ok. Por que então falar mal dela? Aprendi isso com muito sofrimento! Isso vale para amigos, namorados, colegas. Acabou, acabou! É um ciclo. A pessoa por algum motivo entrou na sua vida, seja para te ensinar ou te torturar, mas por algum motivo entrou, e se você ficar perdendo tempo difamando, não crescerá na oportunidade de entender a função dela na sua vivencia!

 #ficaadica

quase 30

Eu tenho quase trinta anos.

Lembro-me bem da sensação de não querer fazer dezoito anos, minha idade preferida era dezenove.

Não sei explicar, não se tratava de numerologia, mas dezenove me soava melhor, como o primeiro ano da minha maturidade presumida proporcionada por completar os tão sonhados dezoito anos.

Depois, vinte e cinco era a minha meta. Ah... meus vinte e cinco anos! Há três já quase passados.

Mas agora a minha idade não é a que completarei em poucos dias. Ela não é mais representadas por números e sim por uma expressão: “quase trinta”.

Minha mãe quer me dar uma bronca e... “Você tem quase trinta anos”.

Minhas amigas querem justificar maturidade e ... “Mas você já tem quase trinta”.

Outro dia fui pega em flagrante por mim mesma no “Imagina! Já passei dessa idade faz tempo! Tenho quase trinta!”. Meu Deus!!

Ainda não tenho a neura (embora não pareça através deste texto) dos famigerados trinta anos, tampouco, sinto-me uma pré-balzaquiana assumida, mas a idade XXX está bem próxima.

Não me sinto assim. Acho que demorei para virar adolescente e corri demais para virar adulta. Isso fez uma bagunça geral na cronologia psicológica desta pessoa que vos escreve. Assim não me sinto tão adulta nem adolescente, sou uma ‘adulcente’.

Sinto ainda, que muitas coisas que sinto não tem mais sentido em sentir, porque só se justificaria com a idade pueril, e há muitas coisas que eu vou fazer ou sentir que não justificaria serem feitas por pessoas que não tem quase trinta.

Em quase trinta anos, não viajei o quanto gostaria, não me empreguei onde queria, não beijei todos que queria, não me apaixonei tanto quanto qualquer adolescente, mas amei bastante, fiz grandes amigos, adquiri experiências insubstituíveis, ajudei muita gente sem esperar retorno, abracei muitas causas, comprei muitas brigas, aprendi mais sobre a vida do que muitos sessentinhas que existem por aí.

E mais, num balanço geral, minhas recordações felizes se sobrepõem as tristes, dessas últimas guardo nada mais, nada menos do que lições, talvez isso seja um sinal de uma maturidade alcançada com meus quase trinta.

Aguardo meus queridos 3.0 com muita alegria, neura e sarro! Afinal, com quase trinta anos o colágeno já não é o mesmo e as rugas de expressão a serem cultivadas tem de ser: bigodes chineses e pés de galinhas para provar que na vida mais sorri do que chorei!

carta de despedida

Esta é sim uma carta de despedida.

Desculpa.

Eu realmente queria muito ficar aqui lamentando tudo o que passou; as coisas que eu poderia ter feito, dito, conquistado, mas já não há mais sentido. Queria poder dizer que eu me arrependo demais das oportunidades que deixei passar e dos momentos que eu perdi. Queria ainda, poder ficar me lembrando das lagrimas que eu derramei enquanto eu deveria e merecia estar sorrindo.

Poderia perder aqui mais algumas laudas elencando todas as minhas frustrações e as pessoas que perdi durante o meu caminho.

Peço sinceras desculpas a você. Não se sinta triste, tãampouco desprezado, você foi importante para mim, na verdade ainda é, somente a sua utilidade que mudou, entende?

Lembrarei sempre de você, mas agora, Querido Passado, você serve apenas para me precaver das minhas atitudes no meu Querido Futuro.

Eu entendo sua tristeza, deve estar se sentindo trocado, mas não, apenas me apaixonei pelas possibilidades, oportunidades, pessoas, situações e afins que virão. E na verdade, você ainda é importante, porque para que eu não perca mais nada, lembrarei de você.

Viverei sempre assim, a cada minuto me lembrando e me despedindo de você, para até mesmo poder dar boas vindas ao meu presente que está de mãos dadas com o minuto futuro.

Desculpa, isso é algo que não posso evitar. Espero que você entenda. Garanto que você sempre estará guardado em mim, será lembrado nas músicas, passeios, lugares, pessoas, cheiros, gostos e etc.

Sempre o terei como referência, mas peço gentilmente que entenda e afaste seu lado triste de mim, pois nesse meu momento o que mais necessito é da minha alegria de viver de volta. Entenda!

Obrigada por tudo.

Adeus!

Cansei

Cansei de querer voltar a ser criança, de não ter mais tanta esperança e de sentir saudade do que não existiu.

Cansei de combinar encontros que nunca acontecerão, de imaginar amores que nunca virão e esperar quem eu sei que não vai ligar.

Cansei de sonhar sonhos impossíveis, de me apaixonar por quem não existe e de amar sempre em vão.

Cansei de prometer aquilo que não vou cumprir, descumprir aquilo que prometi e de sempre me enganar.

Cansei de gastar meu tempo com o que é inútil, não me dedicar ao que me traga frutos e de esperar alguém me encontrar.

Cansei de acreditar só por acreditar, de descobrir mentiras sem as procurar e de duvidar de que exista alguém em que se possa confiar.

Cansei de pessoas más, de aprender me ferindo e de me deixar machucar.

Cansei das futilidades que enganam a alma, das verdades que agridem os falsos e daqueles que não sabem amar.

Cansei. Cansei, sobretudo, da ânsia em buscar por quem meu coração irá parar.

Cansei da esperança renovada, do fôlego retomado e de tudo novamente começar.

Cansei de gostar menos de mim e mais do verbo amar.

Cansei, enfim, de me cansar.