Não é o triste pelo prazer do triste.
Não sei você, mas mais triste do que o fim de alguma coisa, do que a decepção de um rompimento é o sentimento do nada.
Olhar para pessoa e não sentir nada.
Nada. Nem aquele friozinho na barriga, nem aquela coisa de “ai que raiva!” ou “será que está mais feliz?”.
Nada, nada e mais nada. Algo como, “ei coração, você não vai pulsar mais forte?”. Isso realmente é triste. Como pode, pergunto-me? Demos risadas, planejamos, passeamos, contei segredos, quis ser melhor, me arrumei mais, me maquiei mais, meu coração pulava, e agora? Nada.
Isso é complicado.
Tchau palpitação, tchau expectativa, tchau para o será que você vai se arrepender, tchau para o será que pensa em mim.
Pior do que apagar, rasgar, doar (quem nunca se desfez de coisas que recordavam alguém com a esperança de que isso levaria embora o um sentimento qualquer dentro de si?) coisas é nem lembrar que estavam salvas, guardadas ou escondidas em algum lugar.
Aconteceu isso hoje e... Nossa!! Eu ainda tenho isso aqui? Como? Foi então que cheguei à conclusão que a tristeza por não ter mais a vontade da companhia de qualquer alguém que couber nesse texto é mais triste do que sentir até mesmo uma pitada de raiva misturada com ciúme, salpicada de invejinha da pessoa alheia que passeia agora ao seu lado.
Escutei outro dia uma música que me faria certamente lembrar você, mas só me dei conta disso depois que a música acabou, pois prestar atenção ao trânsito – eu estava dirigindo – trocar de marcha e dar a seta pra direita, foi mais importante do que me lembrar que aquela música me fazia lembrar você.
É como o “dar de ombros” ou uma sacudida de mão de “vai pra lá”, gestos de tanto faz... de tchau.
Perceber então, que nem mais o vazio que me deixava próxima de você e me fazia lembrar as suas cores e coisas, acompanhada do sentimento de saudade, é o que me entristece quando eu percebo que o que eu sinto é nada.
Isso é o que entristece e... logo passa!
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